[ideias pedagógicas] Professor do Gama propõe modelo de avaliação

Por: João Rosa Borges*

Projeto os dez mandamentos de um bom aluno (Esta ficha deverá ser colada na 1ª página do caderno de Matemática de cada aluno(a)) (O aluno inicia cada bimestre com 3,0 pontos em N1 (nota 1) e a cada falta injustificada ou anotação(código do mandamento) o aluno perde 0,3 ponto)e a cada bônus o aluno ganha 0,3. O valor mínimo de N1 é 0,0 e o valor máximo 3,0 pontos.
1 – Não matarás aula sem motivo justo (assiduidade)
2 – Não chegarás atrasado (pontualidade)
3 – Não esquecerásos materiais e compromissos pessoais (responsabilidade)
4 – Não desrespeitarás o próximo e nem a si mesmo (respeito/disciplina)
5 – Não sujarás e nem danificarás o patrimônio público (higiene e zelo)
6 – Não colarás ou copiarás atividades de outras pessoas (honestidade)
7 – Não atrasarás o inicio ou deixarás de fazer as atividades (iniciativa)
8 – Não deixarás o caderno atrasado e nem bagunçado (organização)
9 – Não esquecerás de repassar as atividades para os colegas que faltarem as aulas (cooperação/solidariedade)
10 – Não se intrometerás na vida dos outros (ética)
Observação: O aluno poderá, ao longo do bimestre, receber bonificações(bônus) que COMPENSAM essas anotações.
Exemplos:
1) O professor tirou um abono(AB1=1 bônus), o aluno fez um trabalho(T1=1 bônus) e uma lista de exercícios(LE1= 1 bônus).Supondo que o aluno tenha 5 anotações(5X-0,3= -1,5) que somados com seus 3 bônus(3X=0,3=+0,9), ele ficará com um saldo de -0,6 ponto. Logo, N1 = 3,0 – 0,6 = +2,4 que serão somados às suas notas das avaliações..
2) O aluno fez um trabalho(TB1=1 bônus) e duas listas de exercícios(LE1 e LE2 = 2 bônus). Supondo que o aluno tenha 2 anotações(-0,6) que somados com seus 3 bônus(+0,9), ele ficará com um saldo de +0,3 ponto. Logo, N1 = 3,0 + 0,3 = 3,3 = 3,0 (nota máxima de N1) que será somado às suas notas das avaliações..
– Metodologia semanal – Copiar exercício no caderno(A) – Leitura do assunto (A), resolver(A) explicar(P) – corrigir no caderno(A) – tirar dúvidas(P).
1ª aula – O ALUNO copiará a atividade a ser realizada e fará a leitura do novo assunto. PROFESSOR – supervisionando as atividades (Cópia e Leitura).
2ª aula – ALUNOS tentando por conta própria, resolver os exercícios e ouvindo música. PROFESSOR orientando e supervisionando a atividade.
3ª aula –PROFESSOR – explicação do assunto. ALUNOS em STOP(cadernos fechados, mãos livres, sem conversa), logo após, ALUNOS ouvindo música e tentando por conta própria, resolver os exercícios.
4ª aula – ALUNOS – Corrigindo os exercícios, no caderno, através da lista resolvida pelo professor.
5ª aula – PROFESSOR – Tirando dúvidas no quadro. ALUNOS em STOP.

Gama, ___/____/_______ _____________________ _____________________________
Assinatura do(a) aluno(a) Assinatura do pai/mãe/responsável
RALP – Recuperação Ampla ao Longo do Processo – Todos os alunos podem recuperar as suas notas. Ao longo de cada bimestre, as dúvidas são sanadas e caso o aluno consiga melhorar a sua média bimestral, ele terá um acréscimo corresponde à essa melhoria.
Exemplos:1) MB1 = 3,0 , MB2=4,0, MB2C=5,0 2) MB1 = 4,0, MB2 = 6,0 , MB2C = 8,0
3) MB1 = 6,0, MB2 = 7,0,MB2C = 8,0 4) MB1 = 8,0, MB2 = 9,0 , MB2C = 10,0
5) MB1 = 5,0, MB2 = 8,0, MB2C =11,0=10,0 (Nota máxima no bimestre. Não se acumula pontos).

Total da pontuação em cada bimestre: 1) Freqüência = 3,0 pontos 2) Caderno = 1,0 ponto
3) Projetos = 1,0 ponto(Desenhos, maquetes) 4) Educação Integral = 2 pontos 5)Avaliação mensal (conteúdo do mês) = 1,0 ponto e 6) 5) Avaliação bimestral(todo o conteúdo do bimestre) = 2,0 pontos
Importante: Caso o aluno falte a alguma aula deverá acessar o site: http://www.kelicris.he.com.br para poder colocar em dia o seu conteúdo.

* João Rosa é professor da Secretaria de Educação

43 Responses to [ideias pedagógicas] Professor do Gama propõe modelo de avaliação

  1. Muito bom até nas avaliações se tem um projeto… Haja conta!
    Parabéns pela iniciativa

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    • ProfGamaAbismado disse:

      Cara Brisa, não há nenhuma conta a fazer, isso fica por conta de uma planilha de excel que após os lançamentos, já traz todos os resultados e informações necessárias, tanto para a escola, bem como, para o professor e os pais….

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      • Sheyla disse:

        Caro professor João Rosa,

        Gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa do projeto os “Dez mandamentos de um bom aluno” e principalmente, por compartilhá-lo aqui no blog.
        É muito bom saber que ainda existem professores que lutam por uma escola pública de qualidade e não exitam em dar o seu melhor em sala de aula.
        Sou professora municipal, e às vezes, sou vista por colegas de profissão como uma sonhadora, pois desenvolvi uma metodologia parecida com a sua. Costumo recompensar meus alunos com pontos positivos e negativos de acordo com o cumprimento ou não das tarefas solicitadas. E quanto ao comportamento, distribuo estrelinhas feitas com EVA para motivá-los ao bom comportamento.
        Para surpresa de todos, inclusive a minha… estou tendo um retorno surpreendente!!!
        Nas primeiras avaliações do bimestre, me alegrei muito com as notas obtidas.Houve até alguns alunos que gabaritaram provas de disciplinas bem complexas como matemática e ciências.
        Esse resultado foi muito gratificante e pretendo continuar com esses incentivos.
        Em relação aos pais acompanharem os estudos de seus filhos, esse também foi outro fator que me impressionou, pois ao verem seus filhos serem incentivados e recompensados (positiva e negativamente), os pais começaram a me procurar na escola antes mesmo da 1ª reunião.Uns para me agradecer, outros preocupados com o desempenho de seus filhos.
        Por tudo isso, professor, peço sua licença para utilizar os dez mandamentos criados por você em minha sala de aula.
        Creio que eles irão dar suporte à minha metodologia de ensino.

        Obrigada

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        • ProfGamaAbismado disse:

          Esteja à vontade e caso queira aprofundar as conversas, é fácil de me encontrar no facebook(João Rosa Borges). Temos um site onde posto todas as minhas atividades para os alunos e seus pais poderem acompanhar: http://www.kelicris.he.com.br. Abraços fraternos.

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          • marcio disse:

            Acho que a vontade de melhorar está indo longe demais. Isso se chama criar moda. O modelo antigo funcionou muito bem. O que precisamos de é boa estrutura e condições de aula. Treinamento para professores é essencial também. O velho giz e cuspe e uma prova bem feita resolve. Não existe formula mágica para educação. 10% de inspiração e 90% de transpiração.

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  2. Gloria disse:

    Muito bom isso! Não precisa aprender pq a avaliação da aprendizagem vale so um ponto mesmo. E so mecanizar nos exercícios e não fazer nada de errado. Bacana. Enquanto isso os alunos das escola particulares, ja acostumados a estudar pra prova pra passar levam as vagas nas universidades . Realmente, tem que ter cotas p escola publica! Não da pra competir em igualdade né! Ass: mae de aluno!

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    • Cassiana disse:

      Mãezinha, logo abaixo dessa publicação tem a GRANDE notícia dos alunos da escola pública de Planaltina que alcançaram o primeiro e o segundo lugar na UNB. Vc já fez algum comentário por lá, querida???

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      • Liani disse:

        Sim, mas de quantos mil alunos que tentam universidade pública ,quantos infelizmente conseguem passar, temos que encarar a realidade e não se conformar com esses prêmios de consolação, e muito provavelmente trata-se de alunos auto didatas.

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    • Vinicius disse:

      Espero que não seja seu caso Glória, mas a maioria dos pais atualmente não acompanha os estudos dos filhos, não sabe o que eles fazem na escola. Só a título de exemplo, quantas vezes pais me abordaram dentro da escola procurando seus filhos sem nem saber a turma a qual pertencem, no mínimo um absurdo!

      Se os exemplos de assiduidade, pontualidade, responsabilidade, respeito/disciplina, higiene e zelo, honestidade, iniciativa, organização, cooperação/solidariedade e ética não são aprendidos em casa, o professor não consegue desenvolver seu trabalho.

      A responsabilidade de ensinar e cobrar esses valores é dos pais, que isso fique claro. Agora se o aluno não tem esse mínimo o professor fica sem ter como trabalhar, simplesmente não rende.

      O bom profissional, vendo dessa forma seu trabalho totalmente prejudicado, procura suprir essa carência de valores e isso toma tempo, pois das 24h do dia, o aluno passa apenas 20% desse tempo na escola e supostamente estaria os outros 80% do tempo sob responsabilidade dos pais.

      Sou professor de matemática da rede e considero muita prepotência da minha parte querer ensinar por exemplo frações a um aluno que não aprendeu a como viver e cooperar em sociedade a respeitar e obedecer as solicitações do professor e demais membros da comunidade escolar.

      Sempre estudei em escola pública (com orgulho) e consegui superar todos os obstáculos existentes, isso com certeza me ensinou muito assim como os ótimos professores que tive e ao acompanhamento e educação oferecido pelos meus pais.

      Quando todos assumem e cumprem as suas responsabilidades, tudo fica mais fácil.

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    • ProfGamaAbismado disse:

      Minha cara Glória, eis ai o diferencial da escola pública. Na escola particular eles se preocupam apenas com o cabeça e nesse tipo de avaliação, os alunos são formados por inteiro. Não adianta colocar só conteúdo na cabeça do ser humano, pois daí ele deixa de sê-lo e se torna uma máquina. A teoria da aprendizagem que uso, não sei se a conhece, é a das múltiplas inteligências de Gardner, que fala sobre as sete inteligências da pessoa(linguística, lógico-matemática, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical e espacial). Um aluno de bem com a vida, aprende mais e vive melhor em sociedade. Nas minhas aulas, não explico o conteúdo antes dos alunos tentarem fazê-lo(Aprendizagem pela descoberta de Brunner) e são motivados pela Teoria do Augusto Cury e os 10 mandamentos, nada mais são do que um contrato pedagógico baseado no Contrato SociaL de Rousseau. Venha assistir uma aula e verás que tirar uma nota de corpo inteiro e muito mais difícil do que “decorar o conteúdo” para fazer uma prova… As empresas hoje em dia, nos seus processos seletivos, já não levam só em conta o currículo, mas sim, como esse sujeito interage com os seus pares…..

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  3. Professor disse:

    Muito legal essa divisão. Gostei.

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  4. Vera disse:

    Parabéns professores. A escola pública é a melhor mesmo. Ensinamos o conteúdo simmmmmm. Só que além disto, na maioria esmagadora das vezes, temos que trabalhar os valores aqui mencionados. Não temos a babá, os pais bem letrados e nem o reforço pago prá complementar e dar a fama da escola particular. O que precisamos é salário digno, valorização e chefias técnicas, realmente capazes de capacitar e organizar administrativamente este trabalho com tantas destaques pedagógicos.

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    • Nora disse:

      Faço algo parecido, só que com meus alunos dos 3º, 4º ou 5º anos serve para todas as disciplinas. No meu caso tenhos os mandamentos do bem estar coletivo e responsabilidades educacionais do aluno, e a cada sexta ele é avaliado pela semana no contexto geral: comportamento, participação, assiduidade e respeito. Com eles colo na agenda a cor merecida naquela semana – uso as cores do semáforo, pois vermelho: o aluno estagnou, amarelo: precisa se atentar para evitar prejuízos educacionais e verde: prosseguir. Daí o responsável deve assinar a agenda ficando ciente do resultado adquirido. Esse qualitativo é tão importaante quanto as avaliações quantitativas. Ao final do bimestre prevalecerá a média de todas as semanas avaliadas e as “notas” das avaliações quantitativas. E eu sempre digo que ao chegarem na escola todos têm a nota máxima, ou eles a mantém ou eles vão fazendo-as reduzir.

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  5. Marcelo disse:

    você disse tudo Vinícius !!!! ótimo comentário !!!!!!!

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  6. Skinner continua fazendo discípulos, até quando a escola será refém do comportamentalismo?

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    • Rose disse:

      Mas tudo está baseado em Skinner, meu caro colega!
      Quando vc é aprovado em um concurso público, por exemplo, é o reforço positivo por você ter estudado… quando um jovem consegue passar no vestibular, PAS, enfim, tudo gira em torno dessa teoria aliada à outras como a de Brunner, etc.

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      • Maelson disse:

        Concordo com a Rose, afinal o papel do professor é somente reproduzir a educação que ele teve baseados em resultados recompensatórios.. Me poupe!!! Uma pessoa formada culturalmente, que tenha identificação critica, e inserida em “meio social” identitário é capaz de ser aprovado e todos esses processos excludentes, passíveis de profundas criticas…

        Aconselho que observem outros projetos pedagógicos, a exemplo, do “Colégio Municipal Pedro II” no Rio de Janeiro. Aonde é visível a “Práxis conteudista” e “Comportamentalista” sendo derrubada a todo tempo.

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    • Rose disse:

      Ainda bem que existem discípulos…

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  7. ProfGamaAbismado disse:

    Meu caro Marco, melhor seguir uma teoria do que não seguir nenhuma, vc não acha? “Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos comportamentos desejados e ignorando as ações não desejadas (o castigo do comportamento não desejado deve ser evitado na medida em que tal contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das pessoas pode ser controlado e informado por longos períodos de tempo sem que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres.” Não estamos preparados para a “Teoria do caos” e muito menos para projetos pedagógicos sem eira e nem beira…..

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  8. Ninguém está dizendo para não seguir nenhuma teoria, só que as teorias de Skinner estão no cerne da educação brasileira e não tem dado resultados. Aprendi que tentar as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é demência. Quem falou em caos e teorias sem eira nem beira foi você.

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    • professora sincera disse:

      Marco, com todo respeito, vc aponta pontos negativos no trabalho do professor João Rosa, mas o que vc tem feito na prática escolar para melhorar a educação pública em nosso país???
      Criticar é algo intrínseco do ser humano!
      Repense…

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    • ProfGamaAbismado disse:

      Meu caro Marco, seria mais interessante se vc colocasse aqui no blog a sua forma de avaliação e os resultados obtidos a curto, médio e longo prazos, para podermos fazer um confronto de ideias e suas consequências na vida dos alunos. No meu caso, tenho muitos exemplos de sucesso de ex-alunos que hoje exercem as mais variadas profissões, inclusive o magistério, por conta da minha atuação em sala de aula. Outros, nas mais variadas profissões, relebram a importância do ensinamento de valores em suas vidas. Alguns ex-alunos, muitos hoje na UNB, lembram da importância de “terem sido cobrados” em sua adolescência, como forma de prepará-los para a vida adulta. Questionar é muito fácil e cômodo, o bom mesmo, seria saber a teoria que vc adota e onde usa. Dá uma olhada na minha resposta à Glória(mãe) sobre o embasamento teórico da minha forma de atuar em sala. Fiz pós e mestrado na UNB, uma referência em educação e lá, não vi nada de diferente na forma de avaliar os alunos. Passava quem estudava e ralava muito. Faço um desafio a vc: visite a minha escola e me mostre que a sua prática é melhor do que a minha e eu visitarei a sua escola, e caso tenha razão, mudo a minha prática e adoto a sua forma de avaliar.

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  9. O senhor gama abismado está estressado, é um libertário ou se acha um mas não admite que alguém não concorde com o comportamentalismo como uma verdade intocável. Tenho exemplos também de superação de alunos, baseado na prática construtivista atuando em classes de aceleração, com avaliações subjetivas, formativas e contínuas. Sem questionários, sem perguntas que se sabe a resposta, mas com uma relação de horizontalidade na relação professor-aluno, com construção coletiva do saber, democrática e cidadã
    Esse modelo comportamentalista é tão perfeito, que a escola pública está essa lástima, e graças as políticas públicas e intervenções federais, temos conseguido colocar alunos da escola pública na Universidade, coisa que até dez anos atrás era raro
    Enfim, democracia é isso, quero poder falar, e ouvir, não sou dono da verdade e não participo aqui para vomitar títulos ou me exaltar com experiências, quero apenas poder discutir dialeticamente a realidade na qual estamos inseridos.

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    • Luciano Bogalho disse:

      Concordo colega Marco, porém a algum tempo a mais do que vc citou, as escolas públicas eram as que mais aprovavam nos exames admissionais de universidades públicas e particulares, e no tempo que vc citou, nos dez anos atrás, já estavamos perdendo este espaço para as escolas privadas, e hj estamos começando a recuperá-lo, porém observo eu que as escolas públicas que buscam fugir um pouco deste pedagogia que a SEDF aplica em regra no nosso sistema de ensino.

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    • Rose disse:

      Uai! Mas a aprovação em universidades… é ou não é, um reforço positivo???
      É ou não uma recompensa???
      Não digo que há que se ter metodologias conteudistas, mas apenas que o reforço positivo aliado à metodologias construtivistas de ensino, dão sim, um ótimo resultado.
      Tenho comprovação disso em sala de aula, professor!

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  10. ProfGamaAbismado disse:

    Desse jeito fica complicado tentar o debate> “Aprendi que tentar as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é demência.”, “a escola pública está essa lástima, e graças as políticas públicas e intervenções federais, temos conseguido colocar alunos da escola pública na Universidade”, “não sou dono da verdade e não participo aqui para vomitar títulos.”. Pelo jeito temos muitos dementes na rede. O nosso trabalho não é reconhecido pois os alunos só estão entrando nas universidades porque mudaram as regras. Os títulos refletem a sua formação e como tal o seu embasamento teórico na sua pratica pedagógica. Rotular ou tentar rotular alguém de “estressado ou libertário” não contribui para a construção de um debate aberto. Trabalhei também com turmas de CDIS em 2012 e obtive bons resultados, mesmo com avaliações escritas e cobrança de atitudes comportamentais, coisas que poucos alunos dessas turmas possuem. É melhor mudar logo o lema da nossa bandeira “ordem e progresso”, coisa altamente positivista.

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    • Maelson disse:

      Sinceramente, Professor Gama.

      Muito boa a sua iniciativa, acredito que o sr. tenha se dedicado a adaptar-se e interagir com a realidade dos seus alunos, nós sabemos que a realidade das escolas estão baseadas em muitas medidas propostas em suas avaliações, como um “método coercitivo” para alguns paradigmas, à exemplo da evasão escolar, atrasos dos alunos, falta de atenção provocada (Ex.:conversas, saidas de salas..), atividades não realizadas e etc..
      Porém entretanto, toda via, ainda sou a favor da desfragmentação na “receita de bolo” como avaliação e comportamentalismo, creio ainda que haja uma campanha publicitária de tais métodos como ideia compensatória na relação professor/aluno, mas temos que nos atentar a esse “Neofordismo Educacional”, afinal Ford por só produzir modelos limitados de automóveis em cor e série foi a falência (apesar de serem os melhores no mercado épico).
      E mais uma coisa professor, creio que o seu conceito de “dialética” deveria ser um pouco mais expansivo, em algum momento perpassei pela ideia de testes nazistas em humanos na segunda guerra mundial, quando o assunto se contextualizou em uma discussão saudável com o Prf. Marco a front do seu “skinnercionalismo”..(rs)

      Abraços Professores!!

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      • ProfGamaAbismado disse:

        Meu caro Maelson, para quem trabalhou em 2012 com turmas de CDIS e sobreviveu intacto, as suas palavras são elogios. O que não concordo é com o uso de “palavras agressivas” que em nada contribuem para o surgimento de uma proposta alternativa e viável, diante da inércia do sistema, Se todos colocassem, aqui no blog, como avaliam os seus alunos, poderíamos ter um norte, mesmo com a implantação inevitável dos ciclos, de uma forma de avaliação que englobasse todos os aspectos do ser humano.

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        • Vanusa disse:

          Concordo com o Pofessor João Rosa ao dizer que sobreviveu intacto com as turmas de CDIS ,e isso eu posso afirmar , foi um grande desafio,passamos por momentos de angústia,trocamos experiências e idéias inclusive compartilhadas pelo pofº João Rosa,que é uma pessoa muito competente e muito experiente.Enfim conseguimos vencer esse desafio e mostrar bons resultados do nosso árduo trabalho…Parabéns pelo Projeto!!!

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          • Vanusa disse:

            *professor

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          • ranazziela disse:

            Olá João Rosa,
            Tenho o prazer de poder compartilhar a minha alegria de ter aqui um colega que pensa assim como eu e muitos outros que estão nessa luta por uma escola publica de qualidade, conheço de perto seu trabalho e sei o quanto há o esforço na prática diária de fazer o aluno progredir e despertar o desejo pelo saber… Parabéns pelo seu trabalho e obrigada por compartilhar suas tentativas de melhorar o ensino público.

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  11. Luciano Bogalho disse:

    A ideia do professor é interessante, porém eu ainda acredito nas avaliações, pois os trabalhos que muitas vezes são solicitados para serem feitos em grupo, são avaliações que muitos alunos colocam seu nome no grupo para se conseguir nota, e o aprendizado fica a desejar. Sabemos da corporatividade que existe entre os alunos, assim creio eu que as avaliações deveriam ter maiores conceitos na SEDF, pois estas que realmente trazem o feedback que necessitamos para observarmos o real ganho de conhecimento e de habilidades em resolver problemas levantados nas questões avaliativas. Assim o aluno pode desenvolver sua redação ao responder questões dissertativas poderá apresentar sua análise cítica social dos conteúdos, observada a pedagogia mais recente que as escolas podem adotar.

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    • ProfGamaAbismado disse:

      Meu caro Luciano, concordo contigo a respeito das avaliações e elas são individuais, só que diagnóstica, para que eu possa saber “onde está cada aluno” no conteúdo. A avaliação não deve ser um fim em si mesmo, mas o começo de um fim.

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      • Luciano Marim Lopes Bogalho disse:

        Legal ProfGamaAbismado, a avaliação não pode ser definitiva, ela é um instrumento do processo de ensino que podemos mensurar tal dimensão do efetivo aprendizado no dado momento, agora no processo como um todo sucessivas avaliações nos dão uma visão deste processo em uma escala que podemos construir um gráfico desta evolução do aluno, o que mensura não apenas o seu efetivo desempenho mas podemos além disto diagnosticar quais são os fatores que interviram para que o aluno tenha obtido sucesso ou uma suposta queda de rendimento, assim poderíamos entender e melhor avaliar, diagnosticando os eventos que interferem no referido desempenho da aprendizagem.
        Abraços.

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  12. Cleber disse:

    O importante é que cada profissional se proponha a atingir metas, ainda que o sistema seja falho e nosso trabalho desprestigiado. Inovações são importantes para educadores e alunos.

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  13. Luciano, a escola da década de 60 que era tida como melhor que a de hoje era uma escola feita para poucos, o Brasil ainda era uma sociedade com a maioria da população vivendo no meio rural, a classe média ainda estava na escola pública e a ditadura ainda não tinha começado sua estratégia de desmonte da educação pública. Portanto, não dá para comparar realidades díspares. A luta é para avançar em uma educação pública de qualidade, democrática e que cumpre com seu papel de inclusão e cidadania. Abraços.

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  14. Angel disse:

    Boa noite para todos, em especial para o professor João Rosa Borges:

    O professor João Rosa ,é um professor e tanto de matemática, fui aluna dele no município de Valparaíso de Goiás, na época sem muito esclarecimento, questionava sua forma de avaliação ( também com aquela cabeça de vento…), hoje percebo o quanto é interessante, continuo (Acho que vou “apanhar” agora) achando uma pessoa um poco ignorante, (no sentido de estúpida), talvez até por falta de oportunidade em revê-lo,não mais como professor mas omo colega de trabalho, mas a verdade é que ele sempre foi, e pelo jeito continua sendo um grande mestre.

    Obrigada por contribuir com minha formação de forma tão positiva.

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    • ProfGamaAbismado disse:

      Minha cara Angel, a dureza de nossas palavras, muitas vezes podem ser confundidas com estupidez. O problema todo é o contexto onde o dilema é travado. Quando digo ao aluno que é “não”, é “não” mesmo e quando ele insiste, dai existirá sempre uma elevação no “tom da voz” que ainda está potente, mesmo depois de 30 anos de sala de aula…. Abraços fraternos (Você me achará no Facebook para trocarmos ideias a respeito das nossas práticas pedagógicas).

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      • Angel disse:

        ProfesssorGamaAbismado :
        As vezes chega ser desnecessárias palavras onde constrange nossos alunos, por motivos fúteis.
        Admiro o João Rosa,porém, nessa aspecto fui alvo de risos e grosserias que levei durante um tempo em minha vida com muita dor, hoje é lógico, mas madura e menos tímida, tenho uma outra óptica e o que era dor se transformou apenas em uma prática que não gostaria de ter com os meus alunos, até isso foi uma contribuição….
        Tenhamos uma ótima semana.

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  15. Professor de Verdade disse:

    Um indivíduo, condenado e preso e que cumpra pena na Papuda, depois de entrar no regime de progressão, podendo trabalhar e estudar, ao fazer um vestibular para uma instituição federal de ensino superior terá, tão somente, o seu conhecimento medido e, caso atinja o score necessário, ingressará na instituição. Ninguém perguntará se ele é um bom cidadão, se é humano, se é solidário, amoroso, cooperativo, etc. Claro que não tenho a visão reducionista de que a escola sirva somente para ingressar no Ensino Superior em uma Instituição Federal, mas a escola tem que se preocupar com isso, na mesma medida que se preocupa em “formar cidadãos”. O que modifica a condição social das pessoas e as permite ascender é a Educação, mas se a escola só se preocupa como lúdico, com a “avaliação formativa”, com o aluno “holisticamente”, e demais “baboseiras pseudo-pedagógicas” vamos contnuar a ver uma minoria dos nossos estudantes da rede pública ingressando em boas instituições. è o que eu penso, o que acredito e pratico. Foco no conhecimento que ele necessita para ascender socialmente. Temos que deixar de balela e papinho furado de pedagogismo idiota. Podem me atacar agora.

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  16. Márcia Castilho de Sales disse:

    Observo que atualmente os professores se afastaram dos conceitos básicos utilizados no cotidiano da escola. Conceitos como de avaliação formativa e aprendizagem são deturpados com nossa prática pedagógica segregadora. São tantas desinformações, ajustes que deformam o verdadeiro objetivo da escola: promover a aprendizagem escolar. Em avaliação então, precisamos revisitar concepções e conceitos básicos, sob pena de ficarmos aqui discutindo o que é indiscutível e distante da nossa função docente como promotor de conhecimento.
    Para quem quiser se atualizar sobre avaliação, proponho a leitura de um livrinho básico: A prova operatória.
    Vale a pena ler, pois é de fácil e rápida leitura!
    Veja no link:
    http://pt.scribd.com/doc/53078661/A-Prova-Operatoria

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