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Chega!
Não podemos mais aceitar a enrolação e a falta de compromisso do Governo do Distrito Federal em resolver, de forma célere, a falta de pagamento dos direitos dos servidores da Carreira do Magistério e da Carreira da Assistência à Educação do DF.
Primeiro o Governo disse que não tinha dinheiro para pagar a gratificação natalícia, a diferença, a rescisão de contrato e o adicional de férias. Após sugestão dos sindicatos, este mesmo Governo admitiu aprovar uma antecipação de receita orçamentária – ARO, não colocando nenhuma condicionante para aprovação deste mecanismo.
Depois, com a repercussão negativa do “pacotaço de impostos”, o Governo veio colocar dificuldades e condicionar a aprovação da ARO ao tal “Pacto Por Brasília”. O que foi prontamente rejeitado por sindicatos presentes no processo de negociação.
Dia 30 depositou uma parcela do adicional de férias, mas o BRB foi lá e antecipou o débito de empréstimos tomados pelos servidores, promovendo um verdadeiro confisco nas contas.
Nesta semana prometeu enviar à Câmara Legislativa imediatamente o Projeto de Lei da ARO. Ontem, na solenidade de abertura do ano legislativo, realmente o Governador Rollemberg entregou o PL aos deputados, mas logo retirou. Hoje disse que enviaria até o meio dia, o DFTV chegou a noticiar o envio, mas até o momento nada de protocolo na CLDF.
Para mim está claro que o Governo não tem interesse de resolver o problema o mais rápido possível. Quer enrolar. Quer ganhar tampo. Quer achar um meio de confirmar o parcelamento até julho. E isso é uma grande sacanagem. Professores, orientadores, servidores da Assistência, alunos e comunidade não merecem passar por esta humilhação.
Por outro lado, como dirigente do Sinpro, não concordo mais em fazer atividade com meia dúzia de gato pingado. Ou toda categoria se engaja nesta luta, ou deixemos como o Governo quer.
Por isso, defendo que a Diretoria do Sinpro declare imediatamente a CONTAGEM REGRESSIVA para o dia 23. E se até lá o GDF não tiver depositado todo o valor ou apresentar uma data certa para o depósito dentro do prazo necessário para viabilizar a operação financeira da ARO, defendo que os professores não entrem em sala de aula, que os orientadores não atendam os alunos e que os servidores da Assistência não façam seus serviços administrativos.
É greve.
E não é só pelo pagamento dos atrasados, mas para demonstrarmos que merecemos o respeito que o “novo” Governo até agora fez questão de não ter por nossa categoria.
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Washington Dourado – Diretor do Sinpro