Projeto do GDF coloca a Previdência dos seus servidores públicos em risco

21/05/2015

O  IPREV é o órgão responsável por gerenciar os recursos que garantirão a aposentadoria dos servidores públicos do Distrito Federal. Desde que foi criado, todo mês, o desconto previdenciário no contracheque dos servidores vai para as contas do IPREV, que tem a função de fazer os investimentos e garantir a capitalização que lá no futuro vai garantir o pagamento das nossas aposentadorias.

Hoje o IPREV tem um Conselho formado por 14 membros, sendo 7 indicados pelo Governo e 7 pelas entidades sindicais representativas dos servidores. Esta formação garantiu que desde a criação do Instituto o Governo não tenha conseguido movimentar os recursos ali depositados fossem utilizados em outras finalidade. Na verdade, o Governo anterior até tentou, mas não conseguiu.

Agora, o atual Governo do Distrito Federal enviou à Câmara Legislativa um Projeto de Lei alterando a composição do Conselho do IPREV, rebaixando para 5 o número de representantes dos servidores e transferindo o total controle para o Secretário de Estado da pasta em que o Instituto estiver vinculado. Um absurdo!

Mas para quê o GDF faria uma mudança dessa no nosso IPREV? Na verdade só existe uma explicação: O Governo do Distrito Federal quer o controle total do IPREV para criar as condições de movimentação de recursos em favor dos projetos da atual gestão.

O prolema é o futuro das nossas aposentadorias…

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Washington Dourado 


Com previdência complementar do GDF, ser professor da Rede Pública do DF será um péssimo emprego

21/05/2015

Semana passada o Governo apresentou uma proposta de mudança no sistema de previdência dos servidores local que vai trazer enorme impacto negativo para o futuro da Carreira do Magistério Públicos do Distrito Federal. Pela proposta apresentada pelo Governador Rollemberg, os servidores públicos que forem nomeados a partir da alteração propostas vão receber suas aposentadorias pelo teto do INSS, que hoje é de R$4.663. E quem quiser receber mais que isso terá que aderir ao regime de previdência complementar, que também faz parte do pacote de mudanças, e contribuir com um valor maior para ter o direito a proventos acima do teto citado.

Em minha opinião, esta proposta trará efetivos devastadores no futuro da educação pública do DF. Hoje, conversando com professores e orientadores, sabemos que umas das motivações destes profissionais para permanecerem na Carreira do Magistério, após longos anos de trabalho, é a perspectiva de conseguir uma aposentadoria integral. Agora, imagine daqui 15 ou 20 anos o ânimo dos professores que hoje vão entrar para a Carreira, sabendo que sua aposentadoria será menos da metade do seu salário como ativo?

Será um desastre!

Talvez seja por isso que o Governo do Distrito Federal não tenha chamado os sindicatos para o diálogo prévio e ainda exige que os deputados distritais votem com a máxima urgência a matéria. Por outro lado, espero que a Câmara Legislativa tenha a dignidade de promover amplo debate sobre o assunto. Afinal, é claro que muitos não se preocupam com algo que vai atingir apenas os novos servidores, mas para quem tem uma visão de futuro e compromisso com as novas gerações, este é um debate crucial.

O fato é que hoje ser professores da Secretaria de Educação já não é tão animador, no futuro será ainda pior.

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Washington Dourado Professor da SEDF e Diretor do Sinpro